quarta-feira, junho 16

Anos 60: Brejnev

Em 15 de outubro de 64, Alexei Kossíguin assumiu o cargo de primeiro-ministro da União Soviética. Mas o posto principal de comando foi para as mãos do novo primeiro-secretário do Partido Comunista, Leonid Brejnev. O dirigente mostrou um estilo mais duro que o de Khruschev. Em 1968, agiu com vigor ao enfrentar uma crise com a Tchecoslováquia. Sob o governo de Alexander Dubcek, o país iniciava um programa de reformas conhecido como Primavera de Praga. Alexander Dubcek Para Brejnev, qualquer distúrbio num país do Pacto de Varsóvia representava uma ameaça potencial à aliança. Na Tchecoslováquia, no entanto, não havia distúrbios, mas um movimento interno de liberalização política. A Primavera de Praga terminou em agosto, quando tropas do Pacto de Varsóvia tomaram as ruas da capital tcheca. Ainda em 68, a Albânia, aliada do líder chinês Mao Tsé-tung, decidiu sair do Pacto de Varsóvia. Nesse caso, Brejnev não reagiu. A decisão albanesa não valia um confronto com a China. Além disso, a atitude do dirigente Enver Hodja apenas tornava oficial um afastamento que já existia desde 62. Nos anos 70, praticamente não se viu qualquer tipo de contestação política nos países socialistas. O maior problema de Brejnev foi outro: o surgimento do eurocomunismo na Itália, França e Espanha. Se por um lado a chamada "causa socialista" ganhava força na Europa Ocidental, por outro lado, e para o descontentamento de Brejnev, os partidos comunistas francês, espanhol e italiano não seguiam à risca as orientações ideológicas de Moscou. Com essa independência, os partidos buscavam maior sintonia com a opinião pública e com a própria identidade de seus países. Não fosse pelo eurocomunismo, a década de 70 teria reservado pouco destaque para o socialismo na Europa. Mas dois fatos importantes estavam por vir, no início  dos anos 80: o surgimento do sindicato independente Solidariedade, na Polônia, e a morte do marechal Tito, na Iugoslávia.

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